Amor sobrevivente aos cactos
Aos espinhos afiados
À secura
Ao sertão
Amor coerente aos atos
Aos momentos passados
À fervura
Ao coração
Amor intermitente, mesmo com os fatos
Com os tempos amordaçados
Com tentativas em vão
Amor, infelizmente, aos matos
Contrariados, sofridos, calados
Indo de frente à contra-mão.
Amor de olhar e de tato,
Que sente mais amor quando tocado
E invade o céu, o luar, o clarão
Amor, agora, não precisa de contato
A distância o deixa mais amado
Amor de verdade, bem mais que paixão
Amor de tempo imediato
De futuro, presente, passado
De tiro no escuro,
De paz,
De efusão.
Amor de hoje, de sempre
De outono - inverno - primavera - e - verão.
Daniela Dino
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