terça-feira, 22 de julho de 2014

FAU - UnB


Ainda nos olhos, os medos que tinha

A covardia e teimosias tão minhas
As noites em claro contando os ladrilhos do Icc

Ainda nos olhos, os conflitos internos
Os silêncios e barulhos externos
As noites em claro contando os dias pra UnB

Ainda nos olhos, o estudo que faz tudo
Os dias de caos e ruído mudo
As noites em claro sem saber como fazer.

Ainda nos olhos, um desejo de auto-respeito
Um querer o melhor pra mim, sem o menor preconceito,
As noites em claro fazendo acontecer

Ainda nos olhos, conquistas realizadas, por ora, no sorriso, no falar,
No peito que bate orgulhoso, sensato, sem parar de palpitar,
No calafrio que persiste,
Nas lágrimas que ainda saltam aos olhares,
Nas brincadeiras,
Nas fotos reveladas da alegria que insiste
No brilho intenso do saber se amar

Ainda nos olhos, os sonhos e planos traçados
Os desejos e sorrisos apaixonados
As noites em claro rimando o meu querer e o meu "incessar".

Eis que um dia não sou mais sonho
Tampouco noites em claro refletidas em cristalinos do olhar.
Sou poesia em forma de alegria
Sou teu gosto de libertinagem ao luz do dia
Sou os pontos de fuga e de ternura
Sou o pé direito único da Faculdade de Arquitetura
Rima presente, também futura:
Metade amor, metade poeta.
Inteira amante; um dia arquiteta.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Quero-quero


Eu te quero
Com o calor de um refrão de um bolero
Pra fazermos samba até de manhã

Te espero
Com o canto sutil de que te quero
Pra fazeres, de mim, teu mel, eu, de ti, meu sabor doce de romã

Te enveneno, te venero
Com meu olhar cigano, rude e sincero
Pra ser tua prometida Terra de Canaã

Te enalteço, te exagero
Com esse pertinente amor austero
Pra ser teu hoje, teu abismo, teu Quero-quero de amanhã.