domingo, 6 de dezembro de 2015

Natália


Minha irmã é poesia
Dessas rimas doces
Verso solto
Frente e verso de alegria


Minha irmã, pedacinho de céu
Minha pequena de grandeza tamanha
De generosidade inestimável
De rosto delicado como boneca de porcelana

Minha irmã, meu amor de irmã,
Das piadas tão tuas e do riso fácil
De uma singularidade plural
E da paixão nas escritas pela flor do Lácio

Minha irmã,
És quase donas das letras
Me trouxeste as primeiras palavra lidas
E hoje me roubas as mesmas
No meu anseio de dizer-te o quanto me és querida

És um conjunto infinito de canteiros
Quase um jardim infindo de cores
Transpiras, sorrindo, um ser teu, "sê inteiro"
E fazes de teus caminhos emaranhados lindos de versos e flores

És pedaço de luz
Que traz brilho e beleza a esse mundo tacanho
És um canteiro de mim (e de tantos)
Que vive fora
Por não caber aqui dentro
Esse amor tão grande que Te Amo

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Insônia

Insônia não é falta de sono.
É sonho roubado.
É sono ocupado por sonho calado
Sono de quem não dorme quando
A vontade de sonhar aperta.

É ansiedade por não viver incerta.
Os olhos abertos sonhando
Com a receita de sorrir como única meta

Os olhos fechados
Coração pulsando
As feridas abertas

Anseios amordaçados
Vontades gritando
A mente alerta

Refluxo gofado
Desejos insanos
A cama deserta

O vazio ao lado
Os olhos fechando
E a manhã desperta
-
Palavras dessas noites mal dormidas, não dormidas, produtivas!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Ponte JK


Ela flutua, dança sobre o lago
Os capins têm a cor do meu cerrado
A secura me banha de imensidão

De todo olhar parece um quadro
Os arcos fingem ser concreto armado
A leveza do traço me rouba os pés do chão


(a foto completa o poema)

terça-feira, 12 de maio de 2015

FAUNB



Entrei de pé direito no teu pé direito ímpar
Em cada curva de nível, 
Teu cheiro doce de libertinagem.
Quero que faças de mim, um dia, um pouco do teu ar
E se me deres amor de sobra
Eu tiro vantagem:
Pego meu início,
Minha paixão,
Meu vício
E desse teu horizonte aberto,
Crio minha morada,
Minha paz,
Minha estrada,
Pelos caminhos dos teus cantos de verde e concreto

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Bodas de Ouro

(a meus tios Maria da Graça e Raimundinho)

De Bodas de Papel às Bodas de Prata,
Do prateado às Bodas de Ouro,
De São Luis ao Rio de Janeiro,
De qualquer canto do mundo ao recanto de serem dois corações formando um inteiro.
De ser amado e se amar
De se cuidar e ser cuidado
De um lado risonho, brincalhão, Raimundinho, cheio de graça,
Do outro, protetora, linda, Dinda ou abençoada Maria da Graça
De querer o bem e ser o bem do outro
De ser amor há tanto tempo, antigo e duradouro
De fazer rir um gosto de felicidade,
De dar as mãos no caminhar das dificuldades
De passear no centro histórico na Rua de Santana
De passear, à beira da praia, olhando o Mar de Copacabana
De tantas pazes que superaram qualquer mágoa
De amores feitos ao som do mar do Olho D'água
De tantos dias que ficaram na memória
E de tantos eternos momentos de glória
São feitos essa união,
Esses dois,
Esse amor,
E os 50 anos que hoje celebra essa história.

sábado, 11 de abril de 2015

Sofia


Sábia como o nome já diz
Pequena princesa, futura Miss
Vem ao mundo na hora que se fez certa,
Fruto de amor de novela,
Sorrisos de cinema,
Olhar de fotografia.
Pequena filha da História da Arte e Paixão da Arquitetura
Do medo e da coragem mais pura
Protagonista de uma vida em tantos meses de poesia
Vem, minha menina, nossa espera,
Dona de tanta sabedoria.
Vem ser esse elo que há tanto tempo aí dentro providencias
Vem ser amada,
Ser luz, estrela guia!
Ser flor mais que esperada
Ser o "ia" que aqui faltava:
Nossa coruja, nosso dengo,
Nossa pequena Sofia.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

3 anos de saudade


Três são tantos em tão pouco tempo,
Que rapidamente me esqueço,
Por querer, ou não sofrer,
De como padeço de saudade quando lembro de ti.
Três são tantos
Que cabem em tudo, em eu-te-amo,
Que quando muito, ainda depressa,
Denunciam-me às lembranças
Sem deixar-me esquecer-me de teu sorrir...
Do teu "três"jeito ímpar de saber deixar saudade
Da Tua grandeza de Marcelo, Pequeno Guerreiro Marcial
Em qualquer canto ou qualquer cidade
No Rio de Janeiro, de todo santo fevereiro, de saudade em plena marchinha de carnaval
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No coração hoje bate uma saudade serena... Há três anos estás nos braços da paz!