quinta-feira, 29 de maio de 2014

Flor de Lis(boa)


Flor de Lis(boa)


Por entre sobrados e becos sem saída
Os azulejos portugueses dão vida à cidade
Pouco ouro, muita riqueza
E o cheiro de orvalho matinal no fim de tarde

Flor do lácio, és flor de lis
Tens o boa de terra fértil: inculta e bela
Lisboa, meu pedaço europeu de São Luís
Meu relicário de tinta fresca e aquarela

Casarões e paixões como Pessoa;
Cenário bucólico do fado farto dos fadistas
Ruas de pedras (desgastadas e saudosistas)
És um porto, um desporto, uma (lis)boa

És flor de lis,
Leal e soberana
E de corpo e alma tens pureza
És, ainda, minha fonte, minha origem, minha matriz
Meu (en)canto maranhense em terra firme portuguesa

Daniela Dino

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