segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Efusão de amor

Amor sobrevivente aos cactos
Aos espinhos afiados
À secura
Ao sertão

Amor coerente aos atos
Aos momentos passados
À fervura
Ao coração

Amor intermitente, mesmo com os fatos
Com os tempos amordaçados
Com tentativas em vão

Amor, infelizmente, aos matos
Contrariados, sofridos, calados
Indo de frente à contra-mão.

Amor de olhar e de tato,
Que sente mais amor quando tocado
E invade o céu, o luar, o clarão

Amor, agora, não precisa de contato
A distância o deixa mais amado
Amor de verdade, bem mais que paixão

Amor de tempo imediato
De futuro, presente, passado
De tiro no escuro,
De paz,
De efusão.

Amor de hoje, de sempre
De outono - inverno - primavera - e - verão.

Daniela Dino

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