Certa vez fincaram-te uma faca
Do peito escorria teu sangue
Em lágrimas de cor opaca
Da boca gritos de uma alma fraca
Da pele a fragilidade mórbida da perda trágica
Agora te libertam da ponta aguda no corte
E tua pele em carne viva sente a morte
E teus olhos pasmos borbulham forte
Clamando por encontrar quem conforte
a saudade.
E hoje dói como doía ontem, no último verão
Os lados da pele soltos pelo chão
O sangue da noite correndo em vão
E a saudade...?
Ela, ele e a faca no coração.
Uma faca de verão.
Daniela Dino
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