quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Há tempos

Há quanto tempo não te escrevo, menina
Há quanto tempo não penso em ti.
Minha Morena, minha Joana, minha Saudade.
Há quanto tempo não te leio nos frívolos
Encartes de uma sapataria qualquer da Zona Sul.
Há quanto tempo não sou tu.
Não te desenho.
Não te poetizo.
Não te temporizo por falta de tempo.

Nesse meio tempo já vi o mar
Subi o morro
Sambei.
Fui mãe de santo
Iemanjá
Em terras de calcário
fui rei.

É tempo novo.
Tempo de vida.
De morena.
De saudade de Joana.
É tempo novo.
De ano novo...
De liberdade em noite serrana.

Lá fora chove, morena
Aqui te amo soberana.
Lá fora vives e me perguntas serena:
“Qual o tamanho de tua grandeza, Joana?”

Nenhum comentário:

Postar um comentário